Home sweet home

domingo, 21 de junho de 2009

Hoje eu fiquei pensando sobre o que leva uma pessoa resfriada a fazer uma viagem de ônibus, durante oito horas (que de carro duraria apenas a metade), ouvindo a conversa fiada de pré-adolescentes que só falam gritando, choro de criança, piadas de marmanjos, os olhos ardendo, o frio do ar-condicionado, as inúmeras paradas, o sobe e desce de gente, três pisões no pé, o pitiii de um homem, só porque sentaram na sua poltrona, a grosseiria de outro que sentou na poltrona, equivocadamente, e todas as outras coisas as quais os viajantes de ônibus têm que se submeter. Quando cheguei finalmente ao meu destino, descendo do ônibus, ouvi o assobio característico do meu pai, aquele assobio que eu reconheceria em qualquer lugar. Aquele que fez meu coração encher-se de alegria e alívio. Que transbordaram com o abraço apertado. No caminho pra casa, as notícias corriqueiras: a decoração da cidade pra festa de São João, o trânsito difícil. Mais um abraço apertado, agora o da minha mãe, que ficou terminando de preparar o jantar. O cuscuz com carne guisada, delicioso, e olha que eu nem gosto de cuscuz. Agora as notícias gerais. Como anda a vida, a casa, o trabalho? Tá se alimentando direito? Não vamos a festa, estamos muito cansados, preferimos ficar em casa. Só eu e eles, as pessoas a quem mais amo nessa vida. Aqui o teto é seguro, o clima é ameno, a água do chuveiro não é gelada, a comida é feita na hora, sempre tem vitamina "c" na farmacinha do banheiro e o mais importante de tudo, sempre existe aquele cafuné. Ele me leva pra ver o carro quase novo. Me faz liga-lo e experimenta-lo, como se isso tivesse realmente importância, porque já consultou os meninos, além do mais, eu não entendo nada de válvulas e cilindradas. É a maneira que encontra de me incluir no grupo dos "caras". Amo esse homem. Depois ela vem. Mostro todas as minhas novas aquisições no quesito moda e beleza. Conversamos sobre o fim da faculdade. Ela pergunta sobre o príncipe. Respondo, entre risos, que ele ainda não se apresentou, sempre atrasado. Ainda não é a hora, diz profeticamente. Amo essa mulher. Beijos de boa noite e até amanhã. Como é bom estar em minha CASA. Tá explicado.

Old habits die hard

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sou metade delírios e a outra, mistérios.

O meu coração.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

"O meu coração cafona, quando se apaixona fica tão clichê. Corta os pulsos no chuveiro. Escreve no espelho: I love you você! Coração tão brega, sempre que se entrega, fica tão vulgar. Jura que é virgem, desmaia de vertigem, só pensa em namorar. O meu coração ciumento, é um bicho tão briguento, leva bem a fama. Depois se esquece e quando amanhece, diz que te ama. Coração ridículo, paga qualquer mico pra não ficar triste. Chora de vontade, morre de saudade de dançar samba com twist. Coração papa tudo. Coração chavão. É cego, surdo e mudo. Coração babão!"

Rita Lee

É verdade.

Papo de mulher.

Agora eu quero alguém que compartilhe toda essa paixão que eu sinto por mim.

Um pouco de cinza.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Certo que eu passei na fila da emoção duas vezes, mas teto caindo é um pouco demais.
Deusss! Menos, por favor. Bem menos!!!