Soneto da mulher ideal

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Pra fazer poesia tem que ter inspiração. Se forçar ... Nunca vai ficar boa.
Se nao... É como amar uma mulher só linda. E dai !??
Uma mulher tem que ter alguma coisa além da beleza. Qualquer coisa feliz. Qualquer coisa que ri. Qualquer coisa que sente saudade.
Um pedaço de amor derramado. Uma beleza ...

Que vem da tristeza. Que faz um homem como eu sonhar
Tem que saber amar, saber sofrer pelo seu amor. E ser só perdão."


Vinícius.

Desejo, o desejo.


O desejo. O desejo se refere sempre aquilo que não temos. Mas alguém costumava dizer que a gente deve ter muito cuidado com aquilo que deseja. Desejo é um querer quase irracional. O desejo é insano. O desejo do desconhecido, ou pelo desconhecido. O desejo que pode assumir proporções assustadoramente incontroláveis. O desejo da satisfação. O desejo do sonhar acordado. O desejo do risco. O desejo de perder o juízo. O desejo pelo duvidoso. O desejo por desejar. O desejo pelo desejo. O desejo pelo que se vê, mas não se sabe. O desejo pelo inatingível. O desejo da tortura, por se ter tão perto e tão distante. O desejo por não saber como seria. O desejo do encontro. O desejo do coração. Pulsar. O desejo da pele. O calor. O desejo de ouvir. O sussurro. O desejo dos olhos. O olhar. O desejo de sentir o cheiro. O desejo das mãos. O toque. O desejo da boca. O beijo. Que, de repente, poderia ser igual a qualquer outro beijo. Mas o desejo, essa coisa tão caprichosamente imprevisível. Ahh... O desejo é só daquele beijo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Não há nada no mundo que pague a capacidade que os meus amigos têm de me fazer sorrir.

lov u friends!

Inspiração

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A inspiração é precedida por um pouco de dor. Dor de amor, dor de cotovelo, dor de corno, dor de dente... E um montão de tempo livre.

Da série filosofia de boteco.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Deus protege mulheres, loucos e crianças...
E se for uma mulher, louca e criança??? :)

Porque o requisito interessante exige muitos pré-requisitos

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Adjetivos em geral são conceitos muito subjetivos. Então como definir o que é “interessante”? Existem lugares interessantes. Acontecimentos interessantes. Pensamentos interessantes. Comportamentos interessantes. Pessoas interessantes. É uma lista imensa. O que é interessante pra mim, pode não ser pra você. Considerando que, como na música, “quando eu olhar pro lado, eu quero estar cercada só de quem me interessa”, fiquei pensando sobre os pré-requisitos pra esse requisito. Interessante é alguém que não tem medo da chuva, porque a chuva nada mais é que um chuveirão enorme, e o máximo que pode acontecer a quem sai na chuva é se molhar. Interessante é alguém que está sempre sobriamente vestido, e vive filosofando sobre a cor. Alguém que poética e inconscientemente consegue transformar um quadrado em um círculo. Interessante é alguém que consegue extrair de uma conversa de boteco, algo a se aprender. É alguém que consegue versar sobre futebol e sobre a teoria da relatividade, com a mesma desenvoltura. É alguém que argumenta tão bem, que envolve, que ensina. Interessante é alguém que realiza sonhos. Alguém que consegue se adaptar a lugares e situações. Que dança conforme a música, no sentido literal da frase. Alguém que não te chama de “culação de xuculate”, nem de “minha coisa fofa”, nem de “minha” coisa nenhuma. É alguém que tendo a consciência de que você é tão dele, não te chama, porque você simplesmente vem. É alguém que segura tua onda, porque sabendo do gênio que você tem, antevê que em algum momento, inevitavelmente, você vai estourar. É alguém que sabe que os hormônios femininos são responsáveis por todo aquele mau-humor e choradeira. É alguém que respeita o teu silêncio matinal, porque sabe que não é com ele. É só que você odeia acordar cedo. É alguém que sabe apreciar o que é verdadeiramente bonito, sem preconceitos. Que não te censura, nem te sufoca. Muito pelo contrário. É alguém que conhecendo o teu instinto de águia, te impulsiona a voar cada vez mais alto distante. É alguém que passa segurança. Alguém que chega na hora certa. Alguém com quem você se sente confortavelmente bem, mesmo nos momentos mais estranhos. Interessante é alguém que te faz sentir dor de tanto rir. É alguém que, sem temer o ridículo, sabe rir de si mesmo. É alguém de quem você sente a presença e a ausência. Alguém que sabe ouvir. Que sabe falar. Que sabe calar. Que sabe ser... Interessante.

Parando de andar em círculos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Porque chega um momento em que você para, olha pra cima, e faz a velha pergunta: Por que eu? Ou melhor: Por que ele? Sim, porque tem sempre aquele cara. Aquele cara com quem você fez planos de uma vida inteira, ou de um mês de férias, aquele mesmo cara pra quem você fez juras de amor para sempre, ou apenas por uma noite de verão. Aquele cara por quem você se apaixonou um dia, sem vê pra quê. E que hoje você jura de pé junto que não foi você, porque só tendo fumado um sargaço muito estragado pra cometer tamanha insanidade. Aquele cara de tantas brigas e outras tantas voltas. Aquele cara que te fez chorar noites inteiras. Que te faz parecer uma louca gritando na rua. Que em algum momento te fez realmente pensar que você era paranóica. Que nunca te pediu em namoro, nunca te pediu em casamento. Que te deixou e noivou com outra. Que fraquejou, quando você mais precisou. Aquele cara que, simplesmente, num belo dia, sem ter a decência de olhar nos teus olhos, disse por telefone: Um dia a gente conversa. Aquele cara que depois de um ano sem sequer se dignar a falar contigo, assim, do nada, descobre que você é a mulher da vida dele. Aquele mesmo cara que te liga um mês antes do teu aniversário pra te dar os parabéns. Ou que liga pra vender um plano de telefonia móvel. Ou pior, liga pra dizer que vai enfrentar uma estrada de 130km só pra passar a noite contigo. Pois é. Esse cara com quem volta e meia você se depara, que mais parece um karma, que você tem carregar por uma vida inteira. Aí você pergunta: por que? Eis que entra a teoria do circuito oval, igual aqueles de Fórmula Indy. Dois carros partem juntos, mas em algum momento, um começa a desenvolver uma velocidade e abrir grande distância do outro. A partir daí, os dois só se encontram no momento em que o mais veloz, nesse caso você, ultrapassa o outro, nesse caso ele, repetidamente. Aí você só consegue vê-lo pelo retrovisor. Isso é extremamente frustrante. Mas você continua no circuito. Sem maiores emoções. Porque é seguro. Depois de algum tempo, você se acostuma com as curvas, e o máximo que pode acontecer, são algumas derrapadas em momentos de pressão ou por pura distração. É fácil. Antes vê-lo pelo retrovisor, que comer poeira. A culpa não é dele, não é sua, não é de ninguém. Não. Pensando bem, a culpa é muito sua. Que prefere andar em círculos. Que não se permite terminar esse GP, e partir para outra temporada. Ou até mesmo aventurar pelos enduros e off-roads da vida. Nada como a infinita highway, sem motivos, nem objetivos. Onde estar vivo é sobre tudo a lei. Experimente parar de andar em círculos. Às vezes, é necessário correr o risco do “não saber”. Trilhar caminhos desconhecidos. A próxima curva pode trazer uma grata surpresa.


E a filosofia de boteco continua com tudo.

Mandacaru: Nem dá sombra, nem dá encosto.

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Talvez de todas as definições que já fizeram sobre mim, essa tenha sido uma das mais intrigantes. Não diria que a mais original, mas certamente a mais engraçada. Em todo caso me fez pensar. Sobre o que eu sou. E sobre o que as pessoas vêem quando me vêem. Eu nem sei definir se é xingamento ou elogio. O mandacaru é uma planta cheia de espinhos. Realmente não é fácil se aproximar, sem sair ferido. Aos olhos da maioria não é bonita, nem frondosa. Nem dá sombra, nem encosto. Aparentemente não tem serventia nenhuma. É o tipo de ser vivo daqueles que a gente olha e pergunta: Pra que Deus colocou no mundo um troço desses? Por outro lado, é uma planta extremamente resistente. Humildemente orgulhosa. Imponente. Inteligente. Só se enfeita em momentos muito especiais. Anunciando a chegada da chuva no sertão. Não se dobra, nem se quebra, com pequenas ventanias. Sobrevive em climas áridos e adversos. Em seu interior armazena água. E produz frutos que são consumidos crus em épocas de escassez. Em suma, é formado por uma casca grossa e espinhenta, que não permite que qualquer um se aproxime, mas por dentro é totalmente fluida. E só trará benefícios pra quem souber cuidadosamente se achegar, e tiver os artifícios certos para se aproveitar de tudo que ela poder oferecer. Definitivamente não sei o que a frase significa. Mas prefiro acreditar na minha versão da história.

Aquele do pesadelo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Porque não tem nada mais desumano que destruir o sonho de alguém. Tinha aquele cara, tinha aquela garota. Ele não era nem de longe o que ela esperava de alguém, mas ela tava naquela fase onde até o vento soprando emociona. E ele era aquele cara. Não, ele não tinha o peito coberto de pêlos, nem a voz grossa, estilo locutor de rádio. Sinceramente, de vez em quando, ele arrumava um sotaque de não sei onde, e desandava a falar bobagem. Enfim, era só um garoto. Não dava pra esperar mais que isso. Sem vícios, sem manias, cheio de disposição, totalmente pronto pra ser moldado. E ela tava ali, alimentando todas as fantasias. Porque sonhar ainda é de graça. Eis que, do nada, surge uma cueca de oncinha. Diga que não é verdade. Devia ter uma lei que proibisse os homens de usar cuecas de oncinha, zebrinha, bolinha, elefante ou qualquer coisa que o valha. É um atentado expresso contra a libido. Porque não há testosterona no mundo que resista a uma cueca de oncinha. Ela foi pra casa. Pensou nos pesadelos que teria com aquela cena. E perguntou a Deus o que fez de tão errado pra passar por isso.
Amigaaaa. O bom mesmo é rir da vida.

A bailarina e o super-homem

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


O Super-Homem.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Minha mãe conta que planejou que o primeiro filho fosse um homem, e que logo em seguida teria uma filha, pra que o primeiro tomasse conta. Acho que ela nunca imaginou que daria tão certo. Num dia de agosto (de um ano em que o Brasil perdeu a copa mundial), no Hospital Português, em Recife, nasceu um leonino. A freira do hospital profetizou que, em um ano, minha mãe estaria de volta. Bem, um ano, um mês e uma semana depois, no IPE, em caruaru, nasceu uma virginiana. Segundo os astros, a relação entre esses dois seres, é uma das mais desastrosas do zodíaco. Não que eu acredite cegamente no zodíaco, mas também não posso dizer que eles estão de todo errados. Engraçado como nós nunca nos permitimos apelidos. Eu nem posso te culpar se algum dia você quis tomar minha chupeta, afinal você ainda era um bebê, e eu cheguei pra invadir o teu espaço, te fazendo dividir um colo que era só teu, roubando a atenção que era dirigida toda a você. Isso é imperdoável. O fato é que passamos a maior parte das nossas vidas juntos. E embora, às vezes, seja até difícil admitir, você tem cuidado de mim todo esse tempo. Talvez, nem sempre da melhor maneira, mas é do teu jeito, meio esquisito, ora calado, ora fazendo dicursos e proclamando tuas teorias. Certo que o leonino, dono da verdade, senhor da razão, me tira do sério, e isso é motivo pra inúmeras discussões (espero que um dia você entenda que não precisa estar certo sobre tudo, é humanamente impossível). Mas os sentimentos que permeiam a nossa relação são muito mais fortes que os astros. Existe uma cumplicidade que nos une. Admiro e, de certa forma, até invejo a tua determinação, equilíbrio e inteligência (agora ninguém pode com você). Você sempre será meu irmão mais velho, mais carrancudo, mais chato, e que eu amo tanto. Meu irmão que dançou comigo todas as “quadrilhas”, que tentou fazer de mim uma craque das peladas futebolísticas no terraço lá de casa, me colocando pra completar o time, que ia comigo pra escola de bicicleta, às vezes, me levando no bagageiro, que me fazia brincar de carrinho. Meu irmão que sempre me defendeu, que no fim das contas, me entendeu. Houve um tempo em que eu era a bailarina e você era o super-homem. E nós sempre estávamos de mãos dadas. E tudo era tão mais fácil. Às vezes, parece que faz tanto tempo. A bailarina está perdendo a elasticidade, o super-homem apresenta seus primeiros fios brancos. Sinceramente, em alguns momentos, sinto falta de você cuidando de mim. E nessas horas, o que me alegra é saber, que mesmo que o tempo esteja passando, sempre que eu estender a mão, eu vou encontrar a tua pra segurar.

Sobre o amanhã.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Se o amanhã dependesse só de mim, o hoje seria diferente. Se o meu amanhã dependesse somente de mim, hoje eu não estaria aqui. Porque se o meu amanhã dependesse única e exclusivamente de mim, hoje, provavelmente, eu estaria com você.