Fica

domingo, 30 de janeiro de 2011

"Mas fica, meu amor. Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar. "

Hoje eu vou ficar aqui, esperando você passar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E eu fiquei aqui esperando você passar. E você passou. Passou como todos os outros que um dia vieram. Passou o tempo. Passou da hora. Passou do ponto. Passou por mim. Acho que no fim das contas, toda mulher tem em si um lado, ainda que bem velado, daquelas mulheres que só dizem sim. De fazer as vontades e falar meias verdades. "É que estar apaixonado é um vício bom, um mal desejado e querido. E o mais impressionante na paixão é que ela acaba. Derradeiramente ela acaba." E fim.

Ela faz cinema

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri...
...Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual.
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim...
...Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz...
...Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração...
...Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim."

Como ela consegue?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Todos perguntam: E aí? Alguma emoção? Alguma palpitação? Algum calor? Frio na barriga? Algum incômodo? Alguma coisa, pelo amor de Deus?! Ao que ela sempre responde, um pouco impaciente, com um audível não. Nada. Nadinha. As pessoas estranham. Como ela consegue ser assim? Nem ela sabe responder. Só sabe ser assim. Ele veio. Viram os fogos. Abraçaram-se. Desejaram-se coisas boas. Conversaram como grandes amigos que sempre foram, desde o dia em que se conheceram. Ela riu porque ele chorou. Não um sorriso crítico. Adivinhando que ele choraria, ele sempre chora, sorriu porque algumas coisas não mudam. Ele riu quando ela acordou mal-humorada, incomodada com o barulho. Não um sorriso irônico. Adivinhando que ela acordaria com o barulho, ela sempre fica de mau humor quando acorda cedo, sorriu porque algumas coisas não mudam. Nada explica como os sentimentos se modificam. Talvez eles tenham consciência da importância que um teve na vida do outro. E tenham aceitado que é impossível apagarem-se de suas histórias. E resolveram cultivar o carinho e o respeito que existe, e que ambos visivelmente sentem. A recíproca é muito verdadeira. O fato é que ele se sentiu feliz por estar ali, sendo parte da família. E ela ficou feliz por ele ter vindo. Foram horas agradáveis. Como foram, durante muito tempo, as horas, antes de tudo ter um fim. Depois, despediram-se com um longo abraço. Ela falou pra ele ter cuidado. Pediu para que ligasse quando já estivesse em casa. Ele respondeu que sim, e partiu. Como ela consegue? Se, algum dia, alguém souber a resposta, por favor, sinta-se a vontade para explicar. E ela lhe será eternamente grata.

Sobre os sonhos quando se realizam...

É tudo muito surreal. Aí eu embarquei, literalmente. Por um momento você até lembra a música e pensa “entrei de gaiato no navio...”. Mas quando você se depara com aquele mar tão azul, mas azul mesmo, a única coisa que vem em mente é “quando é mesmo que eu venho novamente?”. O lugar faz jus ao título de paraíso. Realmente bonito de viver. Minha sobrinha de 1 ano, quando está feliz distribui beijos. Pra ser sincera, senti falta de alguém pra distribuir beijos a cada momento em que eu me sentia plenamente feliz. Lá, fatalmente para o poeta, você descobre que é impossível dar em alguém mais beijinhos que os peixinhos a nadar no mar, sem contar as tartarugas, arraias e tubarões. Na boa, eu passaria horas e horas ali. Mergulhando. Lá embaixo você se concentra apenas em respirar e não perder nenhum detalhe. Não há barulho. Nenhum pensamento. Nada incomoda. Só sairia pra ver o pôr-do-sol. O de lá, por sinal... indescritível. Acredite você no que acreditar. Em Deus, nas forças do além, nas forças do Universo, ou como queira chamar. Naquele lugar fica difícil não pensar que existe muito mais entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. O certo é que, depois daquela viagem, decidi que quero morar na praia, comer peixe e salada, beber água de coco, ficar balançando na rede, de preferência, com a minha companhia perfeita. E mergulhando, vez ou outra, na agradável companhia dos peixinhos coloridos.