Sobre o extraordinário

domingo, 11 de abril de 2010

Um daqueles dias em que você pensa que melhor seria ter ficado em casa dormindo. Quando tudo parece dar errado, começando do exato minuto em que você coloca o pé esquerdo pra fora da porta. Aqueles dias em que a "burrice" e a mediocridade humana parecem gritar no teu ouvido, e mesmo o menor dos sussurros incomoda pra caramba. Dias em que você pára pra pensar, por dois minutos, e é o suficiente para perceber que nada te comove, tampouco te convence. Aí, me aparece você. Vindo de não sei onde. Indo pra lugar nenhum. Vestido em palavras bonitas. Falando de amor, contando-me dos seus segredos, dos seus truques e artimanhas. Do desejo. Do calor de um beijo beijado. Do olhar que, tímido, foge. Da pele que arrepia, ao toque. Você. Com todos os detalhes que você não deixa escapar. Sendo exatamente o oposto de tudo o que é medíocre. E não há no mundo alguém que explique, ou que entenda. E não há como não querer. E eu lembro de você, e fico olhando as flores. Elas acalmam meu coração.

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