Era uma vez...

domingo, 19 de abril de 2009

Toda vez que vejo essa introdução meu coração, que eu continuo dizendo que é muito bobinho, bate tão acelerado. É que cada começo de uma nova história, traz consigo um mundo de possibilidades. Mesmo que em algum momento você tenha a sensação (e cá pra nós, todo mundo já teve essa sensação) de que já viu esse filme antes. Existe sempre a possibilidade, e você se sustenta firmemente nela, crente, feito beata no pé do altar em dia de novena, que dessa vez vai ser diferente, dessa vez a mocinha não vai chorar tanto, dessa vez o príncipe não vai demorar a chegar, não existirá dragão, nem sogra, quero dizer, bruxa com espelho malvado, nem um bando de mulheres fofoqueiras e invejosas tantando roubar o príncipe, nem sete anões que não servem para absolutamente nada. Dessa vez não, dessa vez vai ser diferente, a fada não vai se atrasar, o cupido não vai errar e eles vão só se conhecer na fila do cinema, da padaria, ou do supermercado, vão se olhar, se apaixonar e viverão felizes para sempre. O problema é que quem inventou essa história de conto de fadas, era fã de um drama. Aí lascou tudo. O princípe geralmente, não só atrasa anos, como ainda vem sequelado, a princesa vira uma neurótica achando que todo homem que aparece é o príncipe, e quando encontra o de verdade, discute tanto a relação (já por causa da demora dele), que o coitado vai embora na primeira oportunidade a ainda grita: Réu, réu. Comigo não, violão!!! Não há fada ou cupido no mundo, por mais eficiente que seja, que dê jeito. Ainda assim eu acredito em contos de fadas, embora acredite também, que o meu tá mais pra uma história sem fim, é praticamente uma seqüência de fatos confusos que se repetem. As cenas dos próximos capítulos eu até já prevejo, mas continuo acreditando que depois do era uma vez...
Sempre haverá uma nova possibilidade.

Nenhum comentário: